sábado, 15 de dezembro de 2012

Os Suruí e a Guerrilha do Araguaia



Atualmente, a relação dos Suruí-Aikewára com a Guerrilha do Araguaia ganhou destaque nacional e internacional na mídia. em função do Trabalho da Comissão da Verdade. Entre eles, a memória destes acontecimentos sempre esteve bastante presente. Ainda hoje, eles próprios não entenderam bem o que aconteceu. Na época, eles ainda não falavam com muita fluência a língua portuguesa e os argumentos dos militares, que acusavam os envolvidos na Guerrilha de terroristas eram e ainda são definições difíceis para os mais velhos, como demonstra o artigo a seguir.



O povo indígena Aikewára e a Guerrilha do Araguaia: mediação, apropriação e 
resistência nas fronteiras de identidades

Ivânia dos Santos Neves
Maurício Neves Corrêa

Resumo:  
A Guerrilha do Araguaia é uma das páginas mais difusas da história da última Ditadura  Militar no Brasil. Ainda hoje não ficaram esclarecidos os acontecimentos que envolveram  militares, guerrilheiros e o povo indígena Aikewára. Os índios Aikewára contam sua própria  versão sobre o episódio, mas uma revista de circulação nacional publicou uma matéria que os responsabiliza pelas ações de violência em relação aos guerrilheiros. Este artigo vai analisar,  fundamentado na Análise do Discurso e nas discussões dos Estudos Culturais a matéria “O Segredo dos índios: revelações sobre a Guerrilha do Araguaia” da revista GQ de abril de 2011 e a posição dos Aikewára, a partir de seus depoimentos durante a realização de um projeto educacional realizado entre eles em 2010, relacionado às novas tecnologias da comunicação, que tinha por objetivo traduzir a tradição destes índios para suportes digitais.  
Palavras-Chaves: Sociedades indígenas- mediações - Guerrilha do Araguaia

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Indígenas Munduruku se revoltam contra impunidade no Pará

Hoje, na hora do almoço, assisti à cobertura parcial, já que falavam apenas por telefone com um correspondente local, da TV Liberal, afiliada da Rede Globo, em Belém do Pará, sobre a revolta dos índios Munduku, na cidade de Jacareacanga, no interior do estado.

Antes de mais nada, é necessário esclarecer que vários Munduruku, assim, como muitas lideranças indígenas, já foram assassinados no Brasil, sem que os culpados fossem  sequer julgados e a alegação é sempre amesma: não há provas suficiente. 04 pessoas foram detidas, suspeitas de assassinato, mas duas já foram liberadas. A manifestação dos Munduruku reclama por seus mortos. E isso parece não importar para a imprensa local.

A jornalista que coordenava a matéria, na hora do almoço, foi absolutamente passional e sua postura era de condenação aos selvagens Munduruku. Em nenhum momento ela se interessou em saber as razões dos Munduruku.

Um comandante da Polícia Militar do Pará, já tão famosa nos noticiários internacionais, chamado para comentar o que acontecia, fez uma fala prudente e procurou esclarecer que os Munduruku fizeram de reféns as pessoas envolvidas na negociação e não querem libertar os outros dois supeitos de terem matado um Munduruku. Eles não estavam ameaçando a vida das pessoas. Mesmo assim, a jornalista insistia na ameaça que eles representavam à população local. Infelizmente, para ela, os indígenas não fazem parte população local.

Seria interessante que ela procurasse entender um pouco melhor sobre as culturas indígenas, em vez de fazer afirmações surpreendentes, de aspectos tão naturais entre eles. Antes da colonização, muitos povos indígenas não tinham uma única liderança. E nós, brasileiros, já sabemos o que as lideranças podem significar na história de uma sociedade. Mas a jornalista insistia com comandante que era um absurdo eles não terem uma liderança. O comandante, pacientemente, explicava da dificuldade que era uma negociação, sem uma liderança centralizada. Pena que tenhamos lideranças centralizadas!

Esta mesma emissora, no dia anterior, fazia questão de mostrar um carro da polícia com uma pequena avaria e um soldado, com um pequeno ferimento, que supostamente foi feito por um Munduruku.

Não estou aqui defendendo que atos violentos devam ser aceitos, como o que aconteceu com o incêndio da delegacia do município, ou ainda, que fazer de reféns os negociadores, uma prática comum, nestes casos, deva ser respeitada. A questão é: por que as emissoras locais, no estado do Pará, nem sequer cogitam a possibilidade de escutar as reivindicações, seja de pequenos agricultores, de professores, de povos indígenas? Nem mesmo depois de toda espetacularização da Rio+20 a imprensa local se intimida em se colocar tão explicitamente contra qualquer manifestação indígena?

Ainda no horário do almoço, a própria Rede Globo noticiou o acontecimento, no Jornal Hoje, mas a matéria foi bem moderada, eles se limitaram a narrar os fatos e não se manifestar tão claramente sobre os indígenas.

Espero que a situação não acabe em tragédia. Agora, de uma coisa eu tenho certeza, de uma forma ou de outra, na mídia local, os Munduruku serão considerados ferozes e selvagens e pouco importa que um deles tenha morrido, antes de tudo começar.

Ivânia Neves   

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Más de 500 indígenas reunidos en Kari-Oca II marchan a Rio+20

Red de mujeres indígenas sobre Biodiversidad de América Latina y El Caribe (RMIB-LAC)

Hoy 21 de junio en Rio de Janeiro Brasil más de 500 indígenas de todo el mundo reunidos en la Conferencia mundial de pueblos indígenas sobre Rio+20 y la Madre Tierra, Kari-Oca II, que tiene lugar desde el 13 al 22 de Junio, marcharon hacia la Conferencia de las Naciones Unidas de desarrollo sustentable Rio+20, a entregar la histórica declaración Kari-Oca II, declaración que exige respeto de los derechos de los pueblos indígenas y los derechos de la Madre Tierra, condenan la Economía verde como privatización de la vida. La declaración Kari-Oca II fue entregada al l Director de la División de Desarrollo Sostenible, Nikhil Seth, y Gilberto Carvalho, el Primer Ministro de la Presidencia de Brasil.

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sonia Bone Guajajara - Fala introdutória a leitura da carta do movimento indígena à Presidenta Dilma Roussef.

Sonia Guajajara e Dilma Roussef



Fala introdutória a leitura da carta do movimento indígena à Presidenta Dilma Roussef.

Boa tarde Excelentíssima Sra Presidenta da República Dilma Roussef;

Excelentíssimo Sr Presidente Michel Temmer em nome dos quais cumprimento as demais autoridades da mesa.

Uma saudação especial aos parentes e parentas indígenas que estão aqui em nome dos quais estou com a missão de ser a interlocutora neste momento.
O movimento indígena avalia como um momento histórico, onde temos uma Presidenta da República Federativa do Brasil, mulher, depois de mais de 100 anos de política indigenista no país temos uma presidenta mulher a frente da FUNAI, e eu aqui enquanto liderança mulher indígena na condição de autoridade de meu povo e dos povos indígenas do Brasil.

Acreditamos ser essa uma oportunidade importante de iniciarmos uma aproximação para um diálogo aberto e verdadeiro.

Nos identificamos com alguns pontos de seu governo:

* Também queremos um Brasil rico, sem miséria;

* Queremos um Brasil sem violência.

* Queremos um Brasil sem injustiças.

Sabemos , como a senhora o que é sofrer violência ,o que é ser torturado, sofremos isso há 500 anos e continuamos sofrendo ainda hoje violência contra nossos parentes, a exemplo de Mato Grosso do Sul que vive uma situação emblemática conhecida por todos.

Queremos felicitá-la pela sua coragem ao criar a comissão da verdade, e sabemos que que muitos que estão contra esta comissão e são os mesmos que são contra os direitos indígenas, contra um código florestal decente, temos em comum os mesmos inimigos. Por isso a senhora pode esperar um movimento indígena parceiro na luta contra a desigualdade, contra a violência, contra a pobreza, mas também pode esperar um movimento indígena vigilante e crítico esse é o nosso papel, estaremos juntos quando tiver que está e seremos críticos e incisivos quando tiver que ser, muitas vezes , somos taxados de agressivos, rebeldes, mas diante das constantes violações que vivemos, expressamos o que sentimos, e esse é o nosso jeito indígena de ser, de dizer o que queremos e como queremos, e para isso pedimos a sua compreensão, atenção e efetivação das propostas do movimento indígena indígena.

Não somos contra o desenvolvimento do Brasil, mas ele não pode crescer deixando seus filhos pra trás, os donos originários dessa terra, esse crescimento deve ser de fato inclusivo.

Está previsto para hoje o lançamento de um pacote para os povos indígenas como demarcação de Terras, assinatura do Decreto da PNGATI e outros, consideramos importante e estamos aguardando isso há 531 dias desde o início de seu governo. Mas achamos que isso não pode ser só em um dia, tem que ser um processo constante de construção, afinal “todo dia é dia de índio”

Ontem, ao sermos convidados para este ato, nos pediram para virmos “paramentados” e ai ficamos pensando: que paramentos são esses?? Cocar?? Tanga, colares??


Porque nossas jóias naturais nós já usamos diariamente, então em homenagem aos nossos parentes que não tem terra , não tem florestas para produzir seus “paramentos” tradicionais, viemos com paramentos modernos, que são nossas idéias, nossas palavras, nossas letras e expressando o nosso pensamento segue a nossa carta, concordando que um país rico de fato deve ser um país sem pobreza e com justiça e igualdade para todos os brasileiros.


PRONUNCIAMENTO DOS REPRESENTANTES INDÍGENAS NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

A Excelentíssima

Senhora Dilma Roussef,

Presidenta da República Federativa do Brasil


Convidados a participar da programação do Dia Mundial do Meio Ambiente, aproveitamos a simbologia da data e tudo o que ela representa para nós povos indígenas, e nos dirigirmos a Vossa Excelência para demonstrar, mais uma vez, o desejo em estabelecer diálogo a partir da pauta apresentada pelo movimento indígena.

Já se passou um ano e meio de vosso mandato. De forma lamentável, ainda não tivemos a oportunidade de termos com vossa excelência uma reunião para expormos nossas angústias, problemas e reivindicações. Não obstante, foram inúmeros os pedidos de audiência protocolados em seu gabinete. Enquanto isso, seguimos nas comunidades alijados de nossos direitos por terra, saúde e educação; seguimos vendo nossos parentes assassinados e expostos às mais variadas formas de violência.

Em junho de 2011, a bancada indígena da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) tomou a decisão de suspender a participação nas reuniões da comissão. Os indígenas anunciaram que só retomariam a participação quando a presidenta da República encontrasse um espaço em sua agenda para se reunir com os representantes do movimento indígena. Um ano se passou. Agora, com o convite para esta solenidade do Dia do Meio Ambiente, entendemos que vossa excelência sinaliza para o tão esperado diálogo.

Diante de tal aceno, que interpretamos ser no sentido do diálogo, aguardamos que seja agendada para breve uma reunião de trabalho com a presença de vossa excelência, da bancada indígena da CNPI e representantes das organizações indígenas regionais e nacional. A conjuntura para os povos indígenas, como é diariamente noticiado pelos veículos de imprensa é de extrema dificuldade.

Considerando o atual contexto, em que os direitos indígenas sofrem violentos ataques no Congresso Nacional, onde de forma enérgica se pretende aprovar em breve espaço de tempo a PEC 215, que visa inviabilizar demarcações de

terras, e o PL 1610, que libera as terras indígenas para a exploração de minérios, além da grave situação de vulnerabilidade em que se encontram os nossos povos, antecipamos aqui as seguintes reivindicações:

1. Que a FUNAI cumpra com máxima celeridade a sua obrigação de demarcar e proteger todas as terras indígenas, priorizando com urgência os casos críticos dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, principalmente os Guarani Kaiowá;

2. Que seja agilizada a assinatura do Decreto de criação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas, e a sua devida implementação, para assegurar as condições de sustentabilidade dos nossos povos e territórios;

3. Que a Presidência da República se manifeste, de forma incisiva, a favor da Criação, na Câmara dos Deputados, da Comissão Especial para analisar o PL 2057/91, considerando as propostas encaminhadas pela CNPI, após discussões nas distintas regiões do país, visando a tramitação e aprovação do novo Estatuto dos Povos Indígenas.

3. Que seja criado o Conselho Nacional de Política Indigenista, através de Medida Provisória, tendo em vista o fato de que a CNPI se constitui numa instância transitória, pensada principalmente para viabilizar a criação do Conselho.

4. Que se garantam os recursos financeiros suficientes para a implementação da Secretaria Especial de Saúde Indígena e efetivação da autonomia política, financeira e administrativa dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI`s), com a participação plena e controle social efetivo dos nossos povos e organizações nos distintos âmbitos, evitando a reprodução de práticas de corrupção, apadrinhamentos políticos, e o agravamento da situação de abandono e desassistência em que estão muitos povos e comunidades indígenas.

5. Que o Ministério da Educação assegure a participação dos povos e organizações indígenas na implementação dos territórios etnoeducacionais, e que cumpra as resoluções aprovadas pela I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, realizada em 2009.

6. Que a participação das mulheres indígenas seja sempre valorizada, assegurando sua presença em todas as instâncias governamentais onde haja representação indígena.

7. Que as lutas dos nossos povos pelos seus direitos territoriais não sejam criminalizadas, a exemplo do que ocorre com nossos líderes na Bahia, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, na maioria das vezes perseguidos por agentes

do poder público, aqueles que deveriam exercer a função de proteger e zelar pelos direitos indígenas.

8. Que os empreendimentos que afetam terras indígenas sejam suspensos até que seja regulamentada a realização da Consulta Prévia Livre e Informada, como estabelece a Convenção 169 da OIT, assegurando-se assim a ampla e efetiva participação de todos os povos indígenas do país;

Certos de contarmos com sua compreensão e atenção às nossas reivindicações, aguardamos o estabelecimento do diálogo por nós desejado.

Brasília, 5 de junho de 2012.


Assinam os membros da bancada indígena da CNPI, APIB, representantes indígenas do Forum de Presidentes de CONDISIS e lideranças indígenas.




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Tiapé Suruí fala sobre a divisão do estado do Pará



Tiapé Suruí
Foto: Alda Costa
 






Tem que pensar muito na hora de votar. No Brasil, todo mundo é obrigado. Em outros lugares não é assim. Se não fosse obrigado, era diferente. As pessoas nem pensam na hora de votar. Fica um monte de gente discutindo a divisão do estado, como se fosse um jogo de futebol.

A gente pergunta se é contra ou a favor, aí dizem sim ou não. Então, a gente pergunta por quê? Mas ninguém sabe explicar.
Algumas pessoas nem conhecem o estado, são muito diferentes e dizem que são contra. Outras dizem que são a favor, mas nem são daqui, são de outros estados.

Eu ainda não tenho uma posição definida sobre a divisão do estado do Pará. Tô analisando.


Por um lado, eu sou a favor, porque nós íamos ficar mais próximos do governador, da capital. Isso seria bom. Por outro lado, não sei se seria bom pros indígenas, porque quem está interessado na divisão do estado são muitos fazendeiros e aqueles políticos que são mais contra os índios.

Como sempre acontece, ninguém perguntou nada pra gente não. Eu li o texto do professor Bessa Freire e ele fala disso. Parece que nunca se importam com os indígenas.

TAPAJÓS E CARAJÁS: FURTO, FURTEI, FURTAREI
José Ribamar Bessa Freire
09/10/2011 - Diário do Amazonas





quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tiapé Suruí fala sobre Belo Monte

Para nós, não tem nada de belo, não! É mal monte, feio monte...

Aricassú, Tiapé e Umassú Suruí

Não considero importante a construção de Belo Monte. Se realmente construíram a barragem, vão dar um jeito de acabar com os indígenas, os ribeirinhos. Vão destruir a floresta e nesta região a floresta é mais conservada do que onde eu moro, que fica perto de Marabá. Também vão acabar com muitos peixes, por causa do rio e da caça, porque a floresta vai se inundada.

Em 2010, na Terra Indígena Sororó, onde moro, não foi inundado, mas aconteceu uma grande queimada. Nós sofremos muito, porque diminuiu a caça, mas também deu problema na agricultura. Agora, em 2011, nós não conseguimos produzir nada.

Eu acredito que se construírem a barragem, os povos indígenas de lá e os ribeirinhos, o s pequenos agricultores, vai ser difícil pra eles fazerem roça e a roça pegar.

Quando inundar tudo, eles vão ter que caçar algum meio pra viver. Então, vai ter indígena na cidade. Vão ter que trabalhar pros fazendeiros. Vivendo na cidade, vai ser difícil preservar a cultura, manter viva para futuras gerações. Os costumes vão mudar. Eles não vão comer mais caça, vai ser só comida industrializada, não vão mais comer comida natural. E como é que os mais velhos vão viver na cidade?


Terra Indígena Kwatinemu - será afetada por Bele Monte
Foto: Ivânia Neves
Eles pegaram de surpresa os índios. Não perguntaram se eles queiram. Agora, os povos de lá estão tentando se defender. Em outubro teve um protesto grande e muitos povos foram tentar impedir a construção. Wirapiaí Suruí e Muruó Suruí, dois Aikewára que estudam em Marabá foram pra lá também.

Tiapé Suruí

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A Web como Espaço Político e as Possibilidades do Letramento Digital entre os Aikewára


O uso da internet no letramento e na inclusão digital de povos indígenas também foi abordado em dos GTs. Os artigos “A Web como Espaço Político e as Possibilidades do Letramento Digital entre os Aikewára” e “A Difusão da Informação em Blogues de Autoria de Povos Indígenas: uma análise de dois blogues produzidos na Amazônia”, trataram dessas questões.
Alguns povos indígenas, na maioria das vezes, nunca são compreendidos de uma forma plural e complexa, mas simplista e até preconceituosa, pela dita grande mídia. Contra a avaliação pejorativa que geralmente têm nos meios de comunicação comerciais, essas populações indígenas encontram nos blogues meios alternativos de divulgação de suas culturas. Trabalhando na produção de conteúdos que representam seus interesses e necessidades e os divulgando na Internet, essas comunidades exercem o seu legítimo direito de comunicar. O bom uso das novas tecnologias da informação e comunicação, nesse sentido, pode tanto promover a inclusão social como reforçar a identidade cultural de grupos e agentes excluídos, parcialmente ou integralmente, da grande mídia.