Mais de 100 jovens entre 5 e 18 anos são beneficiados.
Coordenado pela lingüista e antropóloga Ivânia Neves e pela jornalista Alda Costa, professoras doutoras da Unama, o projeto foi um dos selecionados pelo Criança Esperança da Rede Globo em parceria com a UNESO para o ano de 2010. O projeto vai atender mais de 100 jovens entre 5 e 18 anos. Ivânia explica que ao longo do projeto serão produzido 4 livros e 4 filmes didáticos para escola Aikewára. O objetivo destes materiais é conciliar a tradição cultural dos índios Suruí com as novas tecnologias, de tal maneira, que sirvam de apoio à estrutura de ensino.
Nesta oficina definiram também a construção de uma horta, onde serão plantados alimentos que visam suprir algumas carências nutricionais dos Aikewára, como a falta de ferro. Segundo as índias é alta a incidência de anemia entre os Suruí.
Os vídeos têm causado um verdadeiro frenesi entre os Aikewára. Arihêra, explica: “Eu gosto que me filmem, se eu morrer, os filhos dos meus netos vão poder saber das nossas histórias”. Para Mahú, o atual cacique: “Esta é uma oportunidade dos mais novos conheceram as histórias Aikewára.”
Os Suruí Aikewára são índios castanheiros que vivem na terra indígena Sororó (um grande quadrado de floresta preservada) entre os rios Araguaia e Tocantins no sul do Pará. Segundo o ultimo senso da aldeia, os Aikewára são pouco mais de 300 índios.
Por Maurício Neves
Os Aikewára se reuniam na frente de uma televisão de LCD. Na tela, o menino Sari cantava a música para toda aldeia, depois a índia Arihêra contava a história das comidas. Pela primeira vez na terra indígena Sororó, os Aikewára eram os protagonistas do filme. Essa é a proposta do projeto da Universidade da Amazônia - Unama “Crianças Suruí Aikewára: entre a tradição e as novas tecnologias na escola”. Afinal, atualmente toda casa Suruí possui uma televisão e alguns deles já entraram em contato até mesmo com a internet, o problema é que quase nada da cultura Aikewára foi produzido para estas mídias.
Coordenado pela lingüista e antropóloga Ivânia Neves e pela jornalista Alda Costa, professoras doutoras da Unama, o projeto foi um dos selecionados pelo Criança Esperança da Rede Globo em parceria com a UNESO para o ano de 2010. O projeto vai atender mais de 100 jovens entre 5 e 18 anos. Ivânia explica que ao longo do projeto serão produzido 4 livros e 4 filmes didáticos para escola Aikewára. O objetivo destes materiais é conciliar a tradição cultural dos índios Suruí com as novas tecnologias, de tal maneira, que sirvam de apoio à estrutura de ensino.
Os Aikewára têm se mostrado bastante empolgados com o projeto. Preservar a cultura é uma grande preocupação dos índios mais velhos, já que muitas de suas crianças não falam ou escrevem em Aikewára. Ajudar no ensino da língua tradicional foi o principal pedido que Mairá Suruí, uma das lideranças, fez à equipe durante a primeira reunião do projeto. Neste sentido, a contribuição do projeto será grande. Os dois primeiros livros, que serão bilíngües (Aikewára/português) já estão em fase de edição, um será destinado à alfabetização das crianças e é resultado de uma parceria do projeto com as professoras Suruí.
O segundo livro é sobre os grafismos Aikewára e atende às solicitações dos próprios índios, especialmente de Maria Suruí, que pediu à equipe que registrasse os desenhos, para que não se perdessem no tempo. Cada pintura corporal tem seu significado, muitos representam animais como a onça, o sapo, a anta. Segundo Ivânia a pintura corporal tem uma grande representatividade nas culturas indígenas “Para muitas sociedades indígenas, estas pinturas se assemelham ao significado que a roupa tem para nós. De certa forma, ao se pintarem, eles se vestem da cultura tradicional”, explica.
Outra importante atividade do projeto são as oficinas. Ao longo do ano, acontecerão 8 oficinas. A primeira oficina foi sobre a comida Aikewára. Arihêra, Maria e as outras índias mais velhas se reuniram com a equipe do projeto e Maria Eliane, nutricionista da Secretaria de Saúde de São Geraldo do Araguaia. Elas definiram o cardápio que seria servido durante as atividades do projeto. Ivânia conta que os índios têm hábitos alimentícios diferentes. Segundo Arihêra “Nós não comemos carne de vaca. Não comemos também a carne de macaco, porque a perna da gente fica mole!”
Nesta oficina definiram também a construção de uma horta, onde serão plantados alimentos que visam suprir algumas carências nutricionais dos Aikewára, como a falta de ferro. Segundo as índias é alta a incidência de anemia entre os Suruí.
Cena do filme “A comida Aikewára”: Maria e Arihêra na oficina de nutrição
Os vídeos têm causado um verdadeiro frenesi entre os Aikewára. Arihêra, explica: “Eu gosto que me filmem, se eu morrer, os filhos dos meus netos vão poder saber das nossas histórias”. Para Mahú, o atual cacique: “Esta é uma oportunidade dos mais novos conheceram as histórias Aikewára.”
Os Suruí Aikewára são índios castanheiros que vivem na terra indígena Sororó (um grande quadrado de floresta preservada) entre os rios Araguaia e Tocantins no sul do Pará. Segundo o ultimo senso da aldeia, os Aikewára são pouco mais de 300 índios.
Gosto de vir aqui todos os dias. Já na espectativa pelo que há de vir.
ResponderExcluirmuito bom maurice!!
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho, Maurício no blog e nos filmes - vc é um grande artista!
ResponderExcluirFica sempre um gosto de quero mais...
bj
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