Em sua jornada em Belém, as mulheres Aikewára Arihêra, Maria e Murué Suruí ministraram uma oficina de grafismo indígena. Elas falaram da fabricação da tinta de jenipapo, dos desenhos e seus significados e responderam a curiosidades dos estudantes.
A professora e antropóloga Ivânia Neves também esteve presente, falando sobre o grafismo indígena, em especial do povo Aikewára que estudou tanto em sua dissertação de mestrado, quanto em sua tese de doutorado.
Oficina de grafismo indígena.
Todos os estudantes que participaram da oficina fizeram questão de se pintar, tanto pelo despertar do seu "eu amazônico", quanto pela honra de carregarem por alguns dias desenhos com significados de animais e plantas do povo da floresta, ou seja, “Nós, a gente”, que em outra língua significa Aikewára.
A verdade, é que em algumas regiões do Brasil, que é o caso do Norte, as semelhanças com os índios é visível. Eu própria levantei dúvida se era ou não Aikewára, como me relatou a estudante Vivian Nery Mendes: “quando tu entraste, não sabia se era ou não índia...”.
Eu e Arihêra Suruí, passa por mãe e filha?
Enquanto as mulheres faziam seu grafismo corporal em estudantes, os índios Arikassú, Umassú e Tiapé Suruí, gravavam no estúdio do Labcom (laboratório de comunicação da Unama) as músicas que fariam parte do DVD Sapurahai- A música e a dança Aikewára.
Os Aikewára se foram, deixando muitas saudades e nada mais apropriado que encerrar os textos dos “Aikewára em Belém” na própria língua deles:
- Asaricó!
Nenhum comentário:
Postar um comentário