sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Brincadeira na aldeia.



Há televisão na maioria das casas, mas as crianças, na maioria das vezes, só passam por ela...

Sem titubear, vão brincar!

Vão pra "rua"! Não se predem à tela.

Eles gostam muito de árvores: árvore de caju, de goiaba, de banana.

Correm atrás da bola, buscando um gol bonito!!!



Jogam bem! Levantam poeira, assim como na dança...
A dança entre as crianças vira uma competição de quem canta e dança mais bonito. Meninos versus meninas...
Quem fica na frente da fila é quem puxa, formando a roda. É só alegria!



Trecho final do filme O Menino Maluquinho ( 1994):
"É impressionante senhores, é impressionente!O Maluquinho voa na bola, e ele cai de lado, e ele cai de frente, e ele cai de pernas para o ar, e ele caia de bunda no chão (que goleiro maluquinho!) e ele dança no espaço com a bola nas mãos, ele pega todas, ele agarra todas."

Brincar de correr por uma desculpa qualquer, calar apelidos, pisada de pé.Correm no escuro, conhecem o terreno, cada galho, planta, montinho de areia, buraco, não caem nunca!

Brincam no açude...Viram cambalhota... Nadam...



Brincam com os bichos.A preguiça vira um filho nos braços da menina, que depois o solta, deixa livre, como sua mãe a deixa.

O jabuti vira o burro de carga, amarram uma caçambinha no casco, o periquito ganha o nome de Kurikinha.


Rolam na terra sem medo de sujar a roupa!
Não apenas sobrevivem, vivem!

São livres, sobretudo da caixa preta que aprisiona a criança da cidade, a televisão, mas ela não é essecial. O essecial está nesta cotidiana aventura na floresta que estas crianças vivem.O essecial se abriga no sorrisso de criança.

Todas as crianças Aikewára são "Meninos Maluquinhos" do Ziraldo!



Trecho final do filme O Menino Maluquinho ( 1994):

Mas teve uma coisa que o menino não conseguiu segurar: o tempo. E aí, o tempo passou, e como todo mundo, o menino maluquinho cresceu. Cresceu e virou um cara legal, mas um cara legal mesmo.E foi aí que todo mundo descobriu que ele não tinha sido um Menino Maluquinho, ele tinha sido um menino feliz!

Um comentário:

  1. Ivania, escrevo por aqui por não ter o seu email.
    Aqui é Orlando Calheiros, antropólogo do Museu Nacional. Como bem sabe, os Aikewara vão realizar o Karowara, contudo, necessitam de ajuda. Me pediram para entrar em contato contigo para saber se você poderia patrocinar 75 shorts de uma mesma cor - para que fiquem bonitos na filmagem.
    Desde já agradeço a atenção.

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