Eu quero fazer poesia
desse índio que ri de tudo
da falta de rio, da falta de caça
Viver como a leveza de uma rede.
De punho forte e toco firme que a aguente
Não cai!!!
Que mesmo com todas as armadilhas e animais urbanos ferozes que encontram no caminho
Continuam a se embalar nas redes que seus antepassados ensinaram a fazer
E tão alto se embalam a ponto de alcançar estrelas
Eu quero fazer poesia desses índios
Que alcançam o céu com escada de flechas
Onde as estrelas são bichos, são gente
São espíritos que continuaram a se embalar
Resistiram tecendo dos fios de algodão: a rede;
das penas do papagaio: o ararau;
do jenipapo: a pintura
e de olhar as estrelas: as histórias....
Eu quero fazer poesia desse índio
Que tem um céu cheio de estrelas
Nesse tempo sem brilho!
Parabéns por outro texto lindo, Lariza!
ResponderExcluirÉ um grande prazer estar com você por estes caminhos! Imagino que para os Aikewára também.