quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Salvem o rio Xingu! Estamos todos na mesma floresta!


Foto: Monica Cruvinel
Rio Araguaia - São Geraldo do Araguaia, região das Serras Andorinhas, às proximidades da Terra Indígena Sororó.

Nas águas do rio Aragauaia, crianças brincam, barqueiros transportam pessoas de uma margem para outra por R$ 2,00, mulheres lavam roupa despreocupadas com olhares alheios.
No calor amazônico, o sorvete se derrete como gelo debaixo da torneira, as mãos sujas do sorvete de tapioca não desfazem o sorriso, ao observar o embalar cotidiano das pessoas que cercam o rio Araguaia.
É tudo de uma beleza quase utópica! Parece tão distante, que faz nos sentirmos em um programa-documentário trasmitido sexta à noite por um canal qualquer.

Mas o sol nos lembra a todo o tempo que tudo é real. E mesmo com uma vontade danada de se jogar no rio pra se refrescar do calor, a sensação que se tem é que devemos receber primeiro um convite, como se o Rio fosse encoberto por uma entidade divina que deveria informar se somos ou não bem vindos.Ele nos intimida.
O Rio sente! Ele sabe!
Em certas épocas do ano ele se recolhe, fica em silêncio meditando sobre as coisas que se passaram...barcos, peixes, gente.
Outras vezes ele se revolta com a total falta de cuidado e avisa que um dia poderá não mais voltar...
Nesses tempos de agora, ele "onda" a chorar: um dos seus irmãos corre grande perigo - o rio Xingu.
Não entende como o homem pode ser tão ingrato!
Os rios dão água, comida, a vitalidade ao homem, mas os homens insistem em querer agredi-lo, prende-lo, num discurso nazista "pelo bem maior", passando por cima de ávores, animais, pessoas, histórias.

Por que depois de tanto desenvolvimento tecnológico continua sendo imperativo para o homem destruir, matar...

O rio Araguaia, que fica perto da Terra Indígena Sororó, onde vivem os Aikewára, chora pelo Rio Xingu e pede ajuda a todos para que não desistam JAMAIS de tentar viver em um mundo mais justo:

Foto Ivânia Neves
Rio Xingu, em frente à Terra Indígena Kwatinemo, onde vivem os Asuriní do Xingu, que assim como os Aikewára, pertencem à imensa família Tupi.

Existe, hoje, uma mobilização internacional para evitar que seja constuída a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Nos links a seguir, você acessa um abaixo-assinado digital contra a construção de Belo Monte e assiste a um filme narrafo por Dira Paes, que explica de forma bem didática os problemas ambientais que seriam causados por esta construção.

Participe!

https://salsa.democracyinaction.org/o/2486/action/parebelomonte

http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E

http://www.youtube.com/watch?v=JcCpFBro-Lc

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