sábado, 26 de março de 2011

Saudades dos amigos Aikewára!!!



Eu sinto saudades do vento da estrada.


Eu e os amigos de sempre!

Sinto o cheiro da floresta, mesmo na cidade.

Do vento que tráz os espíritos.

Da estrada esburacada do Pará.


Sinto.


Eu tenho lembranças das tardes na aldeia.


Eu e as crianças tirando fotos com carinho mas que o tempo apaga.

Tenho lembranças das conversas na cozinha, as vezes em outra língua.

Das tardes de futebol, com correria e muitos gols.
Na aldeia o tempo é outro, um onde nada se apaga.


Lembro.


A floresta e as estrelas sempre estarão lá.


A floresta tão ambígua, hora assustava, outrora encantava.

E as estrelas viravam histórias nas vozes dos índios.

Sempre quando olhar para as estrelas, vou lembrar dos Aikewára.

Estarão lá para receber os espíritos amigos da cidade?


Estrelas.


Um dia vou voltar, nem que seja num balão!


Um dia apareço pra matar a saudade.

Vou voltar porque os amigos a gente jamais esquece.

Nem que seja pra dizer adeus.

Num balão, vou voltar de vez, porque meu espírito quer voar pra lá.


Voltar.


Sinto.

Lembro.

Estrelas.

Voltar.


Eu sinto saudades do vento da estrada.

Eu tenho lembranças das tardes na aldeia.

A floresta e as estrelas sempre estarão lá.

Nem que seja num balão.

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