Todos os anos, quando se aproxima o dia 19 de abril, o Dia do Índio, as escolas e a mídia logo se movimentam para "prestar uma homenagem ao "índio".
O grande problema desta história é que tanto a escola como a mídia, de uma maneira geral, falam de um índio genérico, como se fossem todos iguais, tivessem uma mesma cultura, falassem a mesma língua. Talvez fosse melhor dizer que dia 18 de abril é o dia dos Aikewára, dos Tembé, dos Mbyá-Guarani, dos Asuriní do Xingu, dos Ianomâmi, dos Maias, dos Incas...
Crianças Kaigang em Porto Alegre.Foto:Monica Cruvinel.
Menino Mbyá-Guarani-São Miguel das Missões/RS- Foto: Monica Cruvinel
Menina Asuriní do Xingu- Foto: Ivânia Neves
Melhor mesmo era se pudéssemos afirmar que os povos tradicionais da América merecem a atenção da escola, da mídia, das políticas públicas o ano inteiro... Mas não é assim!
Meninas Parakanã
Menina Aikewára. Foto: Alda Costa.
A verdade é que este período que antecede ao dia do índio representa um dos poucos momentos em que se pensa sobre estas sociedades. E o que é pior, quase sempre sem considerar que não estamos falando de uma única sociedade.
Para aproveitarmos este momento, o aikewara.blogspot.com vai fazer uma programação especial.
Todos os dias faremos postagens de narrativas, filmes, fotografias e desenhos de diferentes sociedades indígenas.
No dia 19 de abril, os Aikewára estarão em Belém e faremos o lançamento de 03 livros sobre sua cultura e sua história: Sentidos da pela Aikewára, Crianças Aikewára: entre a tradição e as novas tecnologias e Histórias dos índios Aikewára, que é de autoria de Murué Suruí.
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